Embora ninguém goste de admitir, a diminuição ou falta de sexo é um problema comum nos casamentos.
A excitação do início do relacionamento vai se perdendo com a convivência, chegada dos filhos e o aumento das responsabilidades do cotidiano.
Segundo especialistas norte-americanos, um casamento pode ser considerado “sem sexo” quando o casal não tem mais do que dez relações por ano.
Um estudo realizado pelo Ministério da Saúde,em 2008, revelou que 11% das pessoas que mantinham um relacionamento estável não haviam tido relações sexuais no período de um ano.
Para a sexóloga Sheila Reis, depois de um tempo de relação o sexo muda sim, mas não significa que será pior, mas apenas diferente. Sheila acredita que a ilusão e expectativa de que tudo será sempre mágico como no início da relação ou como mostram as novelas seja prejudicial para os relacionamentos longos.
Para a psicóloga e terapeuta sexual belga Esther Perel, nossa frustração relacionada ao sexo advém da nossa expectativa de criar uma relação duradoura que também tenha paixão. Conectamos felicidade do casamento com a satisfação sexual. Antigamente , não era isso que determinava a qualidade do casamento.
Os casais querem amor e desejo, entretanto, o que mantém um apaga o outro. O amor pede estabilidade, segurança e previsibilidade, já o desejo arde mais quando existe o mistério, aventura e novidade. “O que precisamos emocionalmente não é a mesma coisa que nos excita sexualmente” diz Esther Perel.
É muito importante manter o diálogo aberto e expor necessidades e desejos sem medo. Assim, podemos criar um espaço com uma certa intensidade erótica por meio da imaginação. “Equilibrar estabilidade e aventura em uma relação talvez não seja um problema que se resolva, mas que se administre”.
O fato é que não existi uma frequência normal ou ideal para o sexo, mas aquela que seja satisfatória para o casal. Nesse sentido, não é saudável comparar-se aos outros muito menos a mídia.
